Associação Catarinense de Psiquiatria Lança no estado a campanha: Setembro Amarelo: Se precisar, peça ajuda!

Associação Catarinense de Psiquiatria Lança no estado a campanha: Setembro Amarelo: Se precisar, peça ajuda!

O Setembro Amarelo é uma campanha mundial, trazida para o Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2014. Em Santa Catarina, é representada pela nossa associação, a Associação Catarinense de Psiquiatra (ACP). O dia 10 de setembro é, oficialmente, o Dia Mundial da prevenção ao suicídio e aproveitamos este mês para trazer à tona assuntos relacionados à saúde mental e combater o estigma que permeia o tema.

A campanha iniciou em 1994 nos EUA após o jovem Mike Emme ter cometido suicídio dentro do seu Mustang amarelo. Seus amigos e familiares usaram o momento para distribuir fitas amarelas com mensagens de incentivo a buscar por ajuda. A comoção foi grande e em pouco tempo todo o país aderiu a campanha.

Todos os anos no Brasil são registrados cerca de 14 mil suicídios e, no mundo, são mais de 700 mil casos. Considera-se que estes dados são sudnotificados e, com isso, a estimativa mundial é de cerca de um milhão de casos de suicídio ao ano. Trata-se de uma triste realidade e o Brasil está na contramão do mundo. Estamos dentro dos 17% dos países que aumentaram as taxas de suicídio nos últimos anos, principalmente entre jovens. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, todos os anos, mais pessoas morrem como resultado de suicídio do que HIV, malária ou câncer de mama - ou guerras e homicídios.

Cerca de 96,8% dos suicídios estavam relacionados a transtornos mentais, muitas vezes não tratados ou tratados inadequadamente. Dessa forma, a maioria dos casos poderia ter sido evitada se esses pacientes tivessem acesso ao tratamento psiquiátrico e informações de qualidade.

Neste ano, o lema da campanha do setembro amarelo é: “Se precisar, peça ajuda!”. Com o objetivo de atuar na conscientização do tema, que ainda é visto como tabu, rompendo a barreira do preconceito, encorajando as pessoas que estejam em sofrimento a buscar ajuda. Afinal, pedir ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.

Pessoas próximas também podem ajudar, quando entendem sinais de risco e conseguem fazer uma escuta ativa, sem julgamentos. Além disso, é fundamental que as pessoas que estejam em risco sejam levadas para avaliação psiquiátrica e tenham acesso à atendimento especializado.

Todas as ações realizadas pela ACP durante a campanha são apenas mais uma parte do compromisso com a sociedade. Durante todo o mês de setembro serão realizadas palestras e materiais de divulgação e orientação, em parcerias com escolas, universidades e órgãos públicos.

A equipe de psiquiatras da ACP foi treinada e capacitada para falar sobre os transtornos mentais com propriedade, de forma a reduzir o estigma social pré-formado e facilitar a busca por ajuda profissional. Ainda nessa linha e com intuito ajudar a população a perceber as doenças mentais de outra maneira, a associação acredita ser muito importante ocupar espaços nas mídias, para ajudar na redução desse preconceito, já que o não tratamento pode ser a maior causa de um desfecho negativo nas doenças psiquiátricas.



Autor(a): Rosiley Souza



Voltar