O mês de setembro é marcado pela campanha Setembro Amarelo, que busca conscientizar e falar sobre saúde mental e suicídio — no Brasil o número de casos por ano chega a 14 mil, segundo dados do Governo Federal. Balneário Camboriú possui uma ampla rede de apoio e tem a causa da saúde mental muito forte, e o Centro de Saúde Bem Viver, referência em cuidado integral à saúde mental, faz parte disso. Com unidade em Camboriú e também o Espaço de Saúde Bem Viver Dia que será inaugurado em breve da Praia dos Amores, em Balneário, a clínica presenteia a região com uma série de ações especiais  em setembro, com a campanha “Existe Outra Saída”, dentro da programação do Setembro Amarelo 2025, com ações em Balneário Camboriú e Itajaí. A iniciativa busca ampliar o debate sobre saúde mental e proteção à vida, promovendo eventos gratuitos, palestras e atividades educativas abertas à comunidade.

O diretor executivo da Bem Viver, Átila Leão de Mello, salienta que a proposta da campanha é romper o silêncio em torno do suicídio e da automutilação, ainda marcados por estigmas, e estimular a construção de redes de apoio e acolhimento. “Mais do que atividades pontuais, a ideia é criar espaços seguros para diálogo, fortalecer vínculos e incentivar que cada pessoa se reconheça como parte da prevenção”, diz.

Mello pontua que falar sobre saúde mental é um passo essencial para que as pessoas não se sintam sozinhas diante de momentos difíceis. ”É fundamental que a sociedade esteja preparada para acolher e oferecer alternativas. Esta é uma responsabilidade coletiva, que envolve esforços não somente neste mês de setembro, mas o ano todo. Uma oportunidade de estreitar laços entre os diferentes atores da rede de cuidados e prevenção que vão desde os pais, educadores, bombeiros, polícia militar, profissionais da saúde mental, formuladores de políticas públicas, comunidades e organizações que juntos constroem a rede de atenção em nossa região”, reforça.

Dra Alessandra Diehl, psiquiatra do Grupo Bem Viver, ressalta que a Bem Viver este ano quis de fato trazer o tema da automutilação para a pauta das ações do Setembro Amarelo, pois trata-se de um fenômeno de saúde pública importante e que tem preocupado os educadores e pais. “Ter ferramentas para compreender este fenômeno e, sobretudo, dar a devida importância ao mesmo é tão necessário quanto urgente”, enfatiza.

Autor(a): Rosiley Souza