Primeira edição do evento superou todas as expectativas, resistiu à chuva e consolidou o Mercado Público Barrageiro como um grande palco cultural, garantindo a antecipação da próxima edição para fomentar o turismo na baixa temporada.
A história foi escrita. Com um público total de 8.315 pessoas em três dias, a primeira edição do 100fronteiras JAZZ Festival superou todas as projeções e se consolidou como um marco na história cultural da Tríplice Fronteira. O sucesso foi tão expressivo que a organização já anunciou a próxima edição para abril de 2026. O evento, que começou com uma noite de gala no Sanma Hotel na sexta-feira (31), transformou o Mercado Público Barrageiro em um vibrante ponto de encontro no fim de semana, com 24 horas de programação gratuita que celebraram a música, a família e a identidade trinacional.
Uma resposta inabalável da comunidade
Nem a chuva que caiu no sábado (1/11) foi capaz de diminuir o entusiasmo. 2.881 pessoas compareceram com guarda-chuvas e sorrisos, provando que a sede de cultura da cidade é inabalável. No domingo (2/11), o sol brilhou para um público impressionante de 5.181 pessoas, que lotaram o Mercado Público em uma atmosfera de pura comunhão, com crianças correndo, adultos dançando e sotaques se misturando em um mesmo compasso.
Um desfile de talento, emoção e reverência
Em um gesto simbólico, o palco principal foi batizado de Palco Hermeto Pascoal. O line-up foi um desfile de talentos que honrou o nome do mestre. As atrações principais entregaram performances de classe mundial:
O encerramento do festival, no domingo, ficou por conta do histórico tributo a Amy Winehouse, unindo a autenticidade de Robin Banerjee, guitarrista original da cantora, com a potência da voz de Tina & Banda Side B.
No sábado, o virtuosismo do mestre Celso Pixinga Trio, com Bruno Cardozo no piano e Fernandinho Amaro na bateria, hipnotizou a plateia com uma aula de groove e simpatia.
O renomado DJ Isaac Varzim atuou como o residente perfeito do festival, comandando a energia da pista no sábado e criando a atmosfera da sessão de yoga no domingo.
A espinha dorsal do som foi formada pela força da cena local. O palco celebrou a diversidade da fronteira com o talento de:
Herencia Latina, que transformou o festival em um grande baile de salsa.
4JAZZ, que superou o desafio de um horário nobre com uma performance de pura elegância.
Jazz do Iguaçu, que representou a tradição e a identidade musical da cidade.
FRONTREZZ, formado por mestres da UNILA que entregaram uma aula magna de técnica e improviso.
Três Tons de Jazz, com arranjos criativos que tocaram o coração do público.
Jazzcare Trio, que fez o público delirar com sua fusão de ritmos latinos.
Dois momentos espontâneos selaram a alma do festival. A Banda Filarmônica de Foz do Iguaçu, sob a regência do maestro Nivaldo, encantou tanto no sábado que, a pedido do público, a produção quebrou o protocolo e a trouxe de volta para uma segunda apresentação no domingo. E a emoção atingiu seu ápice com o Coral do Instituto Cisne Branco, comandado por Neusa Miguens; durante seu medley sobre amizade, as vozes puras das crianças e jovens encheram os olhos do público de lágrimas, em um dos atos mais tocantes do evento.
Mais que um palco, uma experiência completa
Além da música, o festival pulsou com vida em todos os cantos. O Mercado Público foi um território de encontros e descobertas, com uma rica programação de atividades paralelas:
Arte Circense: Com as intervenções mágicas da Troupe Luz da Lua.
Bem-Estar: Com a aula de Wellness Yoga da Associação de Yoga de Foz (AYFI) e a sessão "Jazz com Atenção Plena" da terapeuta Tati Fonseca.
Conhecimento e Educação: Com o painel sobre a história do jazz do professor Sérgio Copetti, a oficina de pintura do artista Orlando Rodriguez "Chico" e a oficina de musicalização infantil do professor Renato "Fumê".
Cultura Popular: Com a energia contagiante da apresentação de capoeira do projeto Um Chute para o Futuro.
A união que tornou o sonho possível
"Sentimos que a comunidade atendeu ao nosso chamado e pediu por mais", afirmou o idealizador do evento, Denys Grellmann. "O festival iniciou um diálogo crucial entre artistas, o poder público e o terceiro setor."
A iniciativa é uma realização do Instituto 100fronteiras e do Mercado Público Barrageiro, com organização do Portal 100fronteiras. O evento contou com um robusto ecossistema de apoio:
Promoção: RPC
Patrocínio: Sesc Paraná, Fundo Iguaçu, Sanepar, Visit Iguassu
Participação: Secretaria de Turismo do Paraná, Lote Grande, Parque das Aves
Apoio Cultural: Itaipu Binacional, Itaipu Parquetec, Governo do Brasil
Apoio Estratégico: Secretaria de Turismo de Foz do Iguaçu
Apoiadores: Infi Comunicação, Êxito Eventos, AMUTUR, Fecomércio PR, Fundação Cultural de Foz do Iguaçu, Revista 100fronteiras, Shopping China Importados, Negroni Bar, Selva Andina Wines, COAAFOZ e La Vinoteca de Don Jorge.
O primeiro 100fronteiras JAZZ Festival não apenas estreou — fundou uma nova tradição cultural. E a próxima página já tem data para ser escrita.
Autor(a): Rosiley Souza
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