Lançamento do livro “Quem tem Medo da Cultura”, de Edson Busch Machado

 Lançamento do livro “Quem tem Medo da Cultura”, de Edson Busch Machado

É com imensa satisfação que anunciamos o lançamento da obra mais aguardada deste ano: "Quem tem Medo da Cultura?", de Edson Busch Machado. O lançamento será realizado no dia 30 de abril, às 18h30, no Barió Café, no Centro Integrado de Cultura, em Florianópolis. E durante os meses seguintes, o lançamento também ocorrerá em outras cinco cidades catarinenses, além de Curitiba e São Paulo.

Durante toda sua trajetória profissional, Edson Busch Machado, artista visual, curador de exposições, jornalista, gestor cultural e operário da cultura, foi um grande observador e provocador das diferentes facetas da arte catarinense. Agora, aos 71 anos, o autor presenteia a todos os leitores com esta obra icônica que marcará a história do estado.

A obra é dirigida a pesquisadores, professores e estudantes de arte, gestores de entidades e instituições culturais, curadores e artistas que têm suas obras aqui citadas, historiadores, interessados em geral nos movimentos artísticos, nos enfoques antropológicos e no desenvolvimento comportamental no país, sobretudo, nos Estados de Santa Catarina e do Paraná nas últimas cinco décadas.

Seus milhares de textos foram publicados em múltiplas plataformas e são preciosos registros de cinco décadas de história da arte de Santa Catarina, seus respectivos artistas e movimentos. Sem dúvida, um livro que se tornará referência em todos os cursos de artes e de ciências humanas do país.Afinal, são cerca de 600 páginas e 2 mil citados entre artistas, museus e instituições de cultura, a maioria catarinense.

O processo de criação da obra “Quem tem Medo da Cultura?”, foi realizado enquanto o autor estava isolado socialmente por conta da recente pandemia de Covid-19 que assolou o mundo. Edson Busch Machado aproveitou este período para mergulhar no seu acervo pessoal presente na sua casa/museu, a partir de 2020, na tentativa de organizar gavetas, armários, arquivos, estantes, mapotecas, pastas de documentos, baús, caixinhas e caixotes com papéis diversos.Para Edson este amplo acervo representa,os nossos esconderijos que nascem e crescem com o passar do tempo. Nos guardados procuro o que nunca esteve totalmente perdido.

O que o autor não imaginava era que deste garimpo renderiasurpreendentes redescobertas. Reencontro com antigos desenhos, fotografias reveladas e esquecidas, projetos inacabados, cartas e bilhetes, cadernos com anotações de viagens, catálogos de exposições, velhas revistas desbotadas, cartuchos de videocassete, aquele pré roteiro abandonado de filme Super 8, esboços de histórias vividas, rascunhos de discursos e palestras proferidas, textos críticos, pequenos objetos obsoletos e muitos recortes de jornais amarelados.

Ali estavam textos e artigos que escrevi e publiquei durante décadas sobre artes visuais, dança, cinema, fotografia, patrimônio histórico, gestão cultural, economia criativa, leis de incentivo, viagens, diplomacia, comportamento e generalidades. Um farto e raro material iconográfico que nas mãos e às vistas de estudiosos, pesquisadores e curiosos em geral poderia proporcionar boas e didáticas informações.”, pontua o autor.  

Desde então Edson passou a adiantar a tarefa de arquivista reunindo inicialmente centenas de escritos durante os 50 anos.Na maioria dos textos o autor escreve sobre o trabalho dos outros nas artes e lidas culturais, observando-os e tantas vezes admirando-os nos detalhes quase ocultos, enaltecendo trajetórias ou sugerindo caminhos a seguir em seus ofícios, despertando e revelando novos talentos, promovendo e contextualizando as manifestações das culturas nas comunidades, apontando possíveis soluções criativas na administração cultural. Mas também criticando o marasmo, a mesmice e a burocracia, mirando os acomodados círculos da cultura oficial pública, e a falta de consciência e de conhecimento no âmbito da sociedade alienada e da política sectária.  “Creio que ao escrever sobre o trabalho dos outros, um pouco deste autor, mesmo que, às vezes controverso, também se revela, com o desejo de continuar provocando no leitor e suas múltiplas identidades.”, afirma Edson.

Todos os textos de Edson Busch Machado foram publicados originalmente nos jornais, revistas, catálogos e livros, portanto, passaram pelo crivo de profissionais da escrita – jornalistas, editores, revisores, copy-desks, portanto chancelada sua gramática. Grande parte deste material era recebido nas redações pelas editorias responsáveis pela secção cultural como Néri Pedroso, Joel Gehlen, Vânia Oliveira, Paulo César Ruiz, Rodrigo Garcia Lopes, Silvio Melatti entre outros, sob o criterioso olhar do diretor de redação LuísMeneghim.

Para o atual diretor de conteúdo do Grupo ND, Luís Meneghim, Edson Machado foi onipresente, pioneiro, mas ao mesmo tempo contemporâneo, Como artista, antecipou tendências: experimentou desenhar, pintar e esculpir, ao mesmo tempo em que se movimentava nos bastidores da política cultural. Ao lado do ex-governador Luiz Henrique da Silveira, um político visionário e culto que conseguiu implantar a escola Bolshoi para Joinville. Este livro revela as muitas faces de Edson Machado, um documento fundamental para conhecermos este autêntico embaixador da cultura catarinense.”

O escritor, poeta, jurista, crítico literário e de artes, Péricles Prade orientou intelectualmente esta produção e assinouposfácio do livro, onde descreve o autor como um grande exemplo de alteridade: “Há muito de Edson Busch Machado nos diferentes artistas (e em suas obras) que ele analisou, em se tratando ele mesmo de conceituado esteta (pintor, desenhista,fotógrafo, gravurista) e crítico de artes visuais. Trata-se de fusão empática, prevalecendo, nele, no exercício da garimpagem resultante em eleitos onze eixos temáticos, o extrato inconsciente sobre o consciente.

Na opinião da escritora e socióloga, Lélia Nunes, a escrita de Edson Bush Machado é saborosa, refinada e sutil, Os textos memorialistas são de dar água na boca a falar das gentes e seus hábitos, das arquiteturas dos afetos, dos comportamentos e modos de ser e de estar no mundo de outrora e ainda presentes.”




Autor(a): Rosiley Souza



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