Queijaria Boca da Serra, da Grande Florianópolis, ganha medalha de prata no World Cheese Awards, na Suíça

Queijaria Boca da Serra, da Grande Florianópolis, ganha medalha de prata no World Cheese Awards, na Suíça

Com apenas dois anos de produção, a Queijaria Boca da Serra, localizada na Microrregião do Tabuleiro, na Grande Florianópolis, celebra sua primeira medalha internacional. O queijo Serramar levou medalha de prata na 37ª edição World Cheese Awards, em Berna, na Suíça, concorrendo com mais de 5 mil inscrições de queijos de diferentes países do mundo. O sabor agradou os jurados: lembra creme de leite fresco, com notas de caramelo e um dulçor cítrico. A casca rústica e delgada é lavada com cerveja artesanal, o que resulta em aromas amadeirados e maltados.

No maior concurso em termos de inscrições e de países participantes as avaliações ocorreram às cegas por 265 jurados, de 14 países. Os queijos de 46 países foram analisados segundo aparência, aroma, estrutura, textura e sabor. O Brasil teve 175 participantes. Dentre eles, cinco queijos receberam medalha de ouro, 19 de prata e 26 de bronze. Além de Santa Catarina, o Brasil teve laticínios de São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul entre os campeões.

O sucesso rápido da Boca da Serra tem explicação: dedicação, método, paixão e propósito são atributos que a farmacêutica bioquímica Daiani de Bem Borges tem de sobra. Apesar da profissão ser muito ligada à indústria dos fármacos, Daiani sempre acreditou que a saúde está mais conectada ao estilo de vida, a relação com a natureza e o entorno e principalmente com aquilo que comemos. Foi assim que ela se apaixonou pelo universo dos queijos em 2018 depois de visitar o Caminho dos Queijos Artesanais Paulistas.

"Eu vi nessas pequenas queijarias artesanais o desenvolvimento de um trabalho genuíno,
que valoriza e respeita as características naturais daquela região conferindo aos seus
produtos uma identidade própria. Alimentos produzidos em pequena escala, com qualidade, responsabilidade e através de práticas mais sustentáveis”, compartilha Daiani, que começou as obras da queijaria ao lado marido, Ricardo Bruggmann Muhle, engenheiro sanitarista, em junho de 2021.




Autor(a): Rosiley Souza



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