Um dia de arte e cultura no Ribeirão da Ilha é a proposta do Sarau do Fim da Ilha, no próximo sábado, 10 de junho, no Caldo de Cana do Seu Pedro (Rod. Baldicero Filomeno, 16.951, Caieira da Barra do Sul). O sarau vai reunir artistas e comunidade em benefício da Cozinha Comunitária do Ribeirão da Ilha, projeto que auxilia pessoas em situação de vulnerabilidade social da região. A entrada é gratuita, com contribuição sugerida de um quilo de alimento não perecível, que poderá ser comprado no local.

A Cozinha Comunitária do Ribeirão da Ilha entrega 2.840 refeições por mês em São José, auxilia 80 famílias de três ocupações de Palhoça com alimentação e produtos de higiene e distribui café da manhã mensalmente na Praça XV, em Florianópolis.

A programação inicia já na montagem dos domos geodésicos que abrigarão as atrações. A partir das 9 horas, Alison Mariah, da Vento Sul Domos, vai montar e tirar dúvidas sobre a estrutura, cujo formato esférico garante estabilidade e resistência. A partir das 14 horas, o Brechó Solidário do Ribeirão da Ilha estará com roupas à venda a preços acessíveis.

As atrações culturais iniciam às 17 horas, com a apresentação da peça O Vitral, escrita e encenada pelo Teatro Comunitário do Ribeirão da Ilha (classificação livre), com direção de Guilherme Porte. A dramaturgia é uma paródia sobre a presença da ostra no imaginário do Sul da Ilha. Às 18 horas, será exibido o documentário “De Meiembipe a Chuquisaca: a descoberta do Império Inca” (classificação livre). Dirigido por Carolina Borges de Andrade, narra a aventura do espanhol Aleixo Garcia pela principal transcontinental indígena do Cone Sul, o Peabiru, que se conectava ao Khapac Ñan, a rede de estradas incaicas, no Alto Peru (atual Bolívia). Os realizadores refizeram a viagem de Garcia, percorrendo trechos no Brasil, Paraguai e Bolívia, no então Caminho do Peabiru. Uma roda de conversa, com a participação da escritora Rosana Bond, especialista em Caminho do Peabiru, vai debater o filme com a comunidade. Na ocasião, o escritor Eduardo Luiz de Faria vai lançar o livro "Histórias do Fim da Ilha" (que inspirou o nome do Sarau). A publicação reúne histórias "praticamente verdadeiras" contadas por antigos moradores do extremo sul da Ilha, que até a década de 60 era isolada do resto do município.

Às 20 horas haverá apresentação com músicos convidados. O microfone estará disponível nos intervalos para quem quiser ler seus escritos. Ao longo do dia, o público também poderá participar de uma oficina de malabares com Pedro Cassana e atendimentos com a cartomante Carol Fairbairn. A gastronomia ficará por conta do Caldo de Cana do Seu Pedro e do restaurante Dona Marmita, com pasteis, caldo de cana, petiscos e bebidas.

A organização do Sarau é do Brechó Solidário do Ribeirão da Ilha (@brechocafedapracaxv), Arrebol Produções (@arrebolproducoes), Coletivo Lanterna Mágica (@coletivolanternamagica) e Selo Ambulante (@seloambulante). Mais informações nas redes sociais dos realizadores.

Programação do SARAU DO FIM DA ILHA:

• 9h - Oficina de Domos Geodésicos

• 14h - Brechó Solidário

• 17h - Peça O Vitral (Teatro Comunitário do Ribeirão da Ilha.

• 18h - Documentário “De Meiembipe a Chuquisaca: a descoberta do Império Inca” (Arrebol Produções).

• 18h30 - Roda de conversa com a participação da escritora Rosana Bond, especialista em Caminho do Peabiru. Lançamento do livro "Histórias do Fim da Ilha", de Eduardo Luiz de Faria.

• 20h - Música e poesia.

Autor(a): Rosiley Souza