Segmento náutico ganha espaço no mercado compartilhado

Segmento náutico ganha espaço no mercado compartilhado

Iate Marine, em Santa Catarina oferece o maior barco da América Latina, com 80 pés

 

Vivemos em um mundo onde compartilhar é a palavra da moda e neste cenário compartilham-se desde imóveis, carros e bicicletas, a serviços, informação e tecnologia.

Quando falamos em cultura de compartilhamento estamos falando da economia colaborativa, que basicamente é uma nova forma de organização social, cultural, mercadológica e, logicamente econômica, em que serviços, infraestrutura e recursos são compartilhados. 

Para as novas gerações consumir não é sinônimo de possuir, mas sim de viver as experiências, e nesse aspecto, a cultura da abundância está em destaque: acredita-se que não há recursos em falta, o que falta é o bom aproveitamento do que já se tem disponível. Por isso, naturalmente novas formas de possuir, consumir, usar, investir e negociar têm surgido.

Com um litoral de oito mil quilômetros e mais de 80 mil barcos circulando, segundo dados da Associação Brasileira dos Construtores de Barco (ACOBAR), um mercado que conquista cada vez mais adeptos é o náutico, onde o compartilhamento de embarcações se tornou um negócio viável e atrativo, dadas as inúmeras vantagens.

De olho neste segmento, um hobbie acabou se tornando um excelente negócio, quando em 2015 o sócio proprietário da Iate Marine, Rodrigo Vieitez resolveu compartilhar sua embarcação. Quando percebeu que a ideia estava dando super certo decidiu profissionalizar o negócio.

No início de 2019 eram 3 embarcações e foi então que a sócia, Renata Ouriques abraçou o negócio. Ao fim do mesmo ano já eram 10 embarcações, sendo uma delas 50 pés, a primeira desse porte compartilhada no sul do Brasil. Em 2020 foi inaugurado oficialmente o escritório da empresa, localizado em Balneário Camboriú (SC) e no início deste ano a Iate Marine ganhou mais um sócio, Guilherme Kehl.

O compartilhamento funciona da seguinte maneira: cada barco é divido em frações. Essas frações são chamadas de cotas. “Ao adquirir uma cota, o proprietário está comprando uma parte do barco, por isso, ele economiza até 85% do custo que a embarcação teria caso ele a comprasse sozinho”, explica Rodrigo.

A divisão das cotas varia de acordo com o tamanho da embarcação. Até 40 pés,

são divididas em grupos de 8 cotas, a partir de 40 pés, são divididas em grupos de 4 cotas.

Além disso, umas das principais vantagens do compartilhamento oferecido pela Iate Marine é a total administração da embarcação. A empresa cuida da manutenção, decoração e contratação da tripulação. “A única preocupação do cotista é escolher a melhor data para navegar, todo o resto é gerido pela Iate Marine. Isso traz muita comodidade, otimizando 100% o tempo do proprietário”, acrescenta o empresário.

Para que a empresa realize esse serviço de administração, o cotista paga um custo fixo mensal que contempla a gestão, marinheiro, auxiliar, camareira, vaga na marina e aplicativo de reservas. “É como se o barco fosse um condomínio e a Iate Marine, fosse a administradora”, explica.

A empresa possui unidades em Balneário Camboriú e Porto Belo (SC) e recém inaugurou uma filial em Angra dos Reis (RJ), em operação desde fevereiro. A intenção é seguir crescendo e abrir outras unidades pelo Brasil.

Com clientes em todo o país, a Iate Marine possui uma frota com 19 embarcações, variando de 36 a 80 pés. A chegada desta embarcação, com quase 25 metros de comprimento, prevista ainda pra março, coloca a empresa num patamar diferenciado, sendo a única na América latina a oferecer um iate deste porte em sistema de compartilhamento. “Nenhuma concorrente trabalha com nada parecido”, esclarece Rodrigo Vieitez.

O pioneirismo e diferencial da Iate Marine está exatamente no tamanho de suas embarcações. Em 2019 foi um iate de 50 pés, primeiro compartilhado do sul do Brasil. Em 2020 foi uma embarcação de 60 pés, maior exemplar compartilhado no Brasil e agora, em 2021 é a vez da maior embarcação compartilhada da América Latina, com 80 pés. Rodrigo pontua que os concorrentes costumam trabalhar com modelos até 40 pés. A meta, até 2025 é chegar ao número de 100 embarcações espalhadas pelo país.

“Todos os barcos tem um cuidado de luxo, onde oferecemos um serviço de resort para os cotistas. A tripulação cuida do barco como se fosse um quarto de hotel e toda decoração é pensada nos mínimos detalhes, além disso, disponibilizamos outros serviços, todos pensados no bem-estar dos usuários.

 

@iatemarine




Autor(a): Alex Ferrer



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