Toxina Botulínica: a importância da pureza em tempos de pandemia

Toxina Botulínica: a importância da pureza em tempos de pandemia

O médico Frederico Lara comenta sobre as medidas de segurança para a aplicação e ressalta que a toxina pura pode ser um diferencial

 

Desde a chegada da COVID-19, muitas mudanças vieram à tona. E, mesmo quando a situação suavizar, provavelmente haverá uma nova rotina. Pelo menos no que diz respeito à segurança. E isso inclui procedimentos estéticos. É seguro realizar a aplicação de toxina botulínica, um dos tratamentos mais procurados em consultórios de estética do mundo? De acordo com o Dr.Frederico Lara, apesar de a aplicação da toxina botulínica ser segura, sem nenhuma contraindicação formal para o uso, ao injetar, os cuidados precisam ser intensificados. “A higienização e assepsia da pele devem ser redobradas, além de todas as precauções no atendimento do paciente, sendo de extrema importância fazer uma triagem de sintomas antes da aplicação. O motivo para isso é que se o paciente apresentar certos sintomas, como febre, não é recomendado realizar o procedimento.”

 

O médico ainda explica que quando a toxina botulínica é aplicada, o corpo estimula o sistema imune, produzindo uma reação imunológica. “É uma defesa do organismo – há uma estimulação na produção de anticorpos contra a substância para neutralizá-la. Alguns fatores podem contribuir para esse processo. É o caso da quantidade da dose, local de aplicação, composição e presença de adjuvantes (proteínas)”. E acrescenta: “Quando acontece este último (a toxina associada a proteínas), há maior reação do sistema imune, causando um processo inflamatório mais intenso. Como resultado, o corpo pode desenvolver uma resistência a essa substância ao longo do tempo, prejudicando o tratamento.”

 

Por isso, o Dr. Frederico recomenda o uso da toxina pura, que tem em sua composição poucas proteínas ou até mesmo nenhuma, e ressalta alguns benefícios de optar por ela neste momento de pandemia. “O processo inflamatório deste tipo de toxina é mínimo e, consequentemente, ativa-se menos o sistema imunológico. Isso oferece duas grandes vantagens pós-aplicações: poucas reações locais como vermelhidão e dor, e reações sistêmicas como dor de cabeça e no corpo, além de febre”.

 

O médico afirma ainda que, nesse período, o ideal seria usar a toxina pura para evitar sintomas que podem ser confundidos com os apresentados pela COVID-19 em sua fase inicial. “Além disso, devemos pensar cada vez mais em tudo que usamos e não seria diferente ao aplicar uma toxina botulínica. O tratamento com a toxina pura é mais seguro e eficaz. E oferece a vantagem de não causar uma resistência do corpo”, finaliza.

Sobre o Dr.Frederico Lara

Formado pela faculdade de medicina Barão de Mauá, em Ribeirão Preto. Dermatologia Clinica e Cirúrgica pela faculdade de medicina Souza Marques. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínica e Cirúrgica e expert em equilíbrio facial.



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